E a Livia sugeriu que talvez eu já estivesse pronta pra falar sobre o amor.
Não sei se estou. De verdade.
O amor é meu velho conhecido. Por conta disso me deixa confusa quando resolve me surpreender.
Gostaria de fazer um tratado aqui. Cheio de frases bonitas, acabadas, daquelas que não admitem rebate. Mas vou tentar apenas falar sobre esse meu velho companheiro, o amor.
Não existe sujeitinho mais apavorante e delicioso do que ele.
Tem a capacidade de deixar as pessoas inseguras,seguras, chatas, legais, felizes,infelizes, compreensivas, controladoras, permissivas, generosas, egoístas, imprudentes, cuidadosas. Mostrando o seu melhor e o seu pior. Em nome dele, o amor.
Ele, o amor, realmente causa uma revolução no íntimo das pessoas.
Quando estamos amando somos capazes das coisas mais absurdas.
Somos altruístas e egoístas ao mesmo tempo.
Comigo, ao menos, acontece isso.
Se fico sabendo que a razão de meu afeto está feliz ao lado de outra, isso me faz feliz. Mas ao mesmo tempo me alfineta aquela ponta de ciúme com um quê de inveja. Uma pitada de raiva.
E aí é o de sempre. Durmo mal. Acordo mal. Trabalho mal.
Depois as coisas vão se acalmando.
A racionalidade entra em ação e a vida se encarrega do resto.
Mas, Deus, como é sofrido...
E o interessante é que qualquer sinal, qualquer mesmo, que venha do outro (um simples olá), dissipa todo o sofrimento. Varre como que por magia. Ou milagre.
A vida volta a ter cores. Minha cara muda. Meu sorriso se abre.
Na contabilidade, estou sempre perdendo. Ou não.
E atuando pela vida eu continuo. Ora sorrindo, ora fingindo, ora fingindo que sorrio, ora sorrindo por puro fingimento.
Queria mesmo é recuperar a pureza e falta de preconceitos que eu já tive há muito tempo atrás.
Segue a letra de uma musica que meio que traduz o que quero dizer.
Heroes.
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Ter crescido no interior, antes da internet e com poucos amigos cobrou um
preço em pequenos prazeres da vida que eu só fui conhecer, realmente,
depois de e...
Há 3 meses
2 comentários:
Muito bom, Gueixa! Sabia que ia gostar! No fundo, sempre vale a pena falar do Amor, senti-lo, desejá-lo. Porque o Amor é um sentimento pelo qual devemos lutar. E não só porque nos torna mais bonitas e desejáveis. É porque agrega. E confesso: sou gregária! Num certo trecho vc disse que o Amor é revolucionário. Concordo! Imagine quando desejarmos o bem das pessoas antes do nosso... Imagine q felicidade é fazer o outro feliz independente do nosso estado de espírito... Beatles? Não... tá no dicionário: Amor é um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa... Bonito, né? Amor é sentimento que predispõe... ou seja, é um sentimento que antecede uma ação. E aí vem algo que tenho pensado... Sentimentos não se improvisam. Sentimentos são construídos. Assim como seu texto foi construindo a idéia de amor pra vc. E ficou lindo, pois vem de dentro, é um movimento seu e único. Pura percepção. Emocionante mesmo. E valeu esperar tanto tempo! Sabe, o Eros numa certo nível é egoístico e confuso sim, mas num nível mais profundo é altruístico cambiando para o Amor. Então se num primeiro instante todo desejo restringe num outro ele se expande, emana, transcende. Mas ao invés de dissipar-se, ele aglutina. Um belo efeito esse tal de Amor, seu amigo, é capaz de fazer, não?
Gueixa, vc não está apenas pronta p o Amor. Vc é está pronta para amar e entregar-se de vez à escrita. Ame, sempre!
Seguirei seu rastro! ;)
Na contabilidade do amor saber administrar o ativo e passivo de ambos é que é o difícil... e o saldo nunca fecha, pq a revolução é constante, e tem que ser... senão não faz sentido fazer todo o balanço.. rs
Beijo Teté, amei esse texto, mexeu comigo!
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